terça-feira, 7 de abril de 2015

ETAPA 2 -CADERNO IV

A Área Linguagens e sua contribuição para a formação do estudante do Ensino Médio

A formação da Área Linguagens





          A concepção de uma área de Linguagens como arranjo curricular da Educação Básica começa a tomar forma na década de 90. Nesse sentido, nos PCNEM (2000), PCN+ (2002) já aparecia uma área denominada “Linguagens, códigos e suas tecnologias”, contendo os seguintes componentes: Língua Por­tuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte, e Informática.

         Nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica – DCNEB (2010) a área passa a ser definida, por sua vez, com o nome Linguagens, compreendendo os componentes obrigatórios: a) Lín­gua Portuguesa; b) Língua Materna, para populações indígenas; c) Língua Estrangeira moderna; d) Arte; e e) Educação Física. Nas DCNEM (2012), ocorre apenas uma especificação do componente Arte, “em suas diferentes linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a musical”.

       As DCNEB (2010) ainda abrem a possibilidade de que as áreas e componentes construam as suas próprias definições quando afirmam, no artigo 16, que “Os componentes curriculares e as áreas de conhe­cimento devem articular em seus conteúdos, a partir das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a abordagem de temas abrangentes e contemporâneos que afetam a vida humana em escala global, regional e local, bem como na esfera individual”. (BRASIL, 2010, p.5)

        Os componentes curriculares, embora contemplem conhecimentos acadêmicos, não equivalem às disciplinas acadêmicas /científicas, pois eles são construídos em função do tipo de processo formativo, em função do currículo que se quer instituir. A constituição da área de linguagens, portanto, demanda escolhas e um esforço de integração de conhecimentos que, no contexto universitário, nem sempre são produzidos em grande proximidade, seja em termos de organização departamental, seja de divisão de áreas do conhecimento, seja de fronteiras epistemológicas.

      Entendemos, nesse sentido, que os componentes curriculares arrolados na área Linguagens se integram como área em função de todos terem como objeto a atuação de sujeitos em práticas sociais, sejam enunciativas, artísticas ou corporais, como, por exemplo, proferir uma palestra, participar de uma roda de 10 capoeira ou pintar uma aquarela. A linguagem, como forma sócio-historicamente definida de produção de sentidos, é constitutiva de todas essas práticas e, portanto, fundante da área. Em todas elas, conforme delas participem, os sujeitos se defrontam com a inevitável questão de seguir ou romper com as convenções estabilizadas.

        Outro ponto em que esses componentes convergem numa única área curricular é o fato de todos, ao focalizarem as práticas de linguagem como parte do processo de ensino e aprendizagem, dedicarem especial atenção ao modo como o estudante com elas se envolve, seja realizando-as, seja refletindo sobre elas. Nessa área, portanto, a ampliação de saberes envolve experienciar e contrastar práticas diversas, ge­rando debates, pesquisas, e a reflexão sobre o próprio processo de inserção nessas práticas, de modo que os estudantes desenvolvam autonomia para sua atuação no mundo fora da escola.

Orientadora: Envanylma S. de Luna Brito 
Professores: Águida Regina F. Mariano
                      Alessandra Batista
                     Eralda Pereira da Cruz
                     Florisvânia M. de Souza
                     Iris Carla Diniz
                     Jeanne Carvalho  S. Ribeiro
                     Márcio Willians de A. Souza
                                                                                                                          

Leia o resumo na íntegra:

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