A Área
Linguagens e sua contribuição para a formação do estudante do Ensino Médio
A formação da Área Linguagens
A concepção de uma área de Linguagens como
arranjo curricular da Educação Básica começa a tomar forma na década de 90.
Nesse sentido, nos PCNEM (2000), PCN+ (2002) já aparecia uma área denominada
“Linguagens, códigos e suas tecnologias”, contendo os seguintes componentes:
Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte, e
Informática.
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
para a Educação Básica – DCNEB
(2010) a área passa a ser definida, por
sua vez, com o nome Linguagens, compreendendo os componentes obrigatórios: a)
Língua Portuguesa; b) Língua Materna, para populações indígenas; c) Língua
Estrangeira moderna; d) Arte; e e) Educação Física. Nas DCNEM (2012),
ocorre apenas uma especificação do componente Arte, “em suas diferentes
linguagens: cênicas, plásticas e, obrigatoriamente, a musical”.
As
DCNEB (2010) ainda abrem a possibilidade de que as áreas e componentes
construam as suas próprias definições quando afirmam, no artigo 16, que “Os
componentes curriculares e as áreas de conhecimento devem articular em seus
conteúdos, a partir das possibilidades abertas pelos seus referenciais, a
abordagem de temas abrangentes e contemporâneos que afetam a vida humana em
escala global, regional e local, bem como na esfera individual”. (BRASIL, 2010,
p.5)
Os componentes curriculares, embora contemplem
conhecimentos acadêmicos, não equivalem às disciplinas acadêmicas /científicas,
pois eles são construídos em função do tipo de processo formativo, em função do
currículo que se quer instituir. A constituição da área de linguagens,
portanto, demanda escolhas e um esforço de integração de conhecimentos que, no
contexto universitário, nem sempre são produzidos em grande proximidade, seja
em termos de organização departamental, seja de divisão de áreas do conhecimento, seja de fronteiras epistemológicas.
Entendemos, nesse sentido, que os
componentes curriculares arrolados na área Linguagens se integram como área em
função de todos terem como objeto a atuação de sujeitos em práticas sociais,
sejam enunciativas, artísticas ou corporais, como, por exemplo, proferir uma
palestra, participar de uma roda de 10 capoeira ou pintar uma aquarela. A linguagem,
como forma sócio-historicamente definida de produção de sentidos, é
constitutiva de todas essas práticas e, portanto, fundante da área. Em todas
elas, conforme delas participem, os sujeitos se defrontam com a inevitável
questão de seguir ou romper com as convenções estabilizadas.
Outro
ponto em que esses componentes convergem numa única área curricular é o fato de
todos, ao focalizarem as práticas de linguagem como parte do processo de ensino
e aprendizagem, dedicarem especial atenção ao modo como o estudante com elas se
envolve, seja realizando-as, seja refletindo sobre elas. Nessa área, portanto,
a ampliação de saberes envolve experienciar e contrastar práticas diversas, gerando
debates, pesquisas, e a reflexão sobre o próprio processo de inserção nessas
práticas, de modo que os estudantes desenvolvam autonomia para sua atuação no
mundo fora da escola.
Orientadora: Envanylma S. de Luna Brito
Professores: Águida Regina F. Mariano
Alessandra
Batista
Eralda Pereira da Cruz
Florisvânia
M. de Souza
Iris Carla Diniz
Jeanne
Carvalho S. Ribeiro
Márcio Willians de A. Souza
Leia o resumo na íntegra:
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